quarta-feira, 24 de março de 2010

PROJETOS CULTURAIS: COMO ELABORAR – PARTE 1


Com a abertura das inscrições ao programa de fomento cultural municipal, o VAI – Valorização das Iniciativas Culturais, a coluna “Direito das Artes” tem recebido, através do seu contato virtual, dúvidas referentes à elaboração do seu projeto cultural para captação de recursos.



Primeiramente, em toda e qualquer abertura de edital de programas de fomento à cultura, o proponente deve observar rigorosamente os critérios elencados para elaborar seu projeto de democratização cultural, que nada mais é a materialização da idéia em ações concretas descritas minuciosamente em laudas contendo principalmente o seu período de realização, os objetivos e estratégias precisas, além de cronogramas e orçamentos dos custos devidamente apurados. Durante a elaboração do projeto, o proponente perceberá que sua descrição frente aos requisitos exigidos não são mais que respostas dadas às indagações implícitas na qual revelaremos a seguir.



Todo projeto deve conter um título, a fim de expressar a construção do projeto, portanto, devendo ser intitulado com um nome sugestivo à proposta com uma idéia clara e concisa.



Adentrando-se a elaboração, deve-se iniciar sua descrição e justificativa. O seu esclarecimento será baseado num diagnóstico que reúna elementos capazes de enfatizar uma determinada demanda percebida na comunidade, seja ela referente às suas necessidades sociais, a acessibilidade às atividades culturais, esforços já implementados para contribuição cultural local, e outros que justifiquem o projeto perante a demanda descrita. Para ilustrar este tópico, sugerimos algumas questões norteadoras para o proponente se localizar durante a elaboração de seu projeto, onde destacamos: “Em que contexto se insere o projeto e qual sua importância neste contexto?”, “Por que foi pensado e proposto?”, “Qual o histórico do projeto e seu diferencial? e “Qual a experiência do proponente?”.



Duas são as diferenças entre objetos e objetivos. A primeira trata-se da descrição do produto cultural final proposto, podendo ser este, por exemplo: um livro, um cd, ou até mesmo um serviço ou espetáculo tal como: uma oficina de arte, uma peça de teatro, enfim, será a descrição material do seu projeto, ou seja, como a idéia será apresentada ao público em geral. A segunda etapa é referente à sua especificação objetiva frente às seguintes questões: “Para que?” e “Para quem?” visando demonstrar aquilo que se quer atingir a partir da realização do projeto proposto, seja sua solução para uma demanda ou a oportunidade a ser investida para contribuição cultural local. Estes objetivos são classificados em duas espécies: os objetivos específicos que vão corresponder às metas das ações propostas revelando as formas de execução para alcance de resultados até o termino do projeto, e as de objetivos gerais, que por sua vez, são as que refletem as finalidades pretendidas pelo projeto a serem alcançadas em longo prazo, mesmo que ultrapasse o tempo de duração descrito no mesmo, tendo em vista um fim maior e não apenas que gire em torno de si. Ilustramos esta etapa, com as seguintes questões norteadoras: “Para que foi pensado e o que se pretende com o projeto?” e “Quais os benefícios culturais, sociais e econômicos derivados do projeto?”.



“Quando?” e “Quanto?” são as perguntas fundamentais feitas praticamente em todos os critérios sugeridos nos editais de programas culturais na qual deixaremos para debater, junto com outros requisitos, na próxima edição. E não esqueçam: as inscrições ao Programa VAI estarão abertas até o dia 31 deste mês. Acesse www.culturitapeva.com.br e faça sua inscrição.

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